Morgan
Freeman está errado. Não é todo dia que se lê uma frase dessas, mas a
afirmação é correta quando falamos do filme "Lucy", que estreia hoje nos
cinemas brasileiros. No longa, é o personagem do ator quem afirma que
os seres humanos usam apenas 10% do potencial do cérebro. A trama se
desenvolve quando a personagem de Scarlett Johansson é obrigada a
carregar uma nova droga no estômago e, ao apanhar no cativeiro, absorve
toda a substância, fazendo com que ela acesse 100% da capacidade
cerebral. Mas essa história de que não aproveitamos todo o potencial do
cérebro é mito. Falamos sobre isso na edição de setembro da revista (nº
278) e aqui no site.
Mas um filme com Scarlett Johansson jamais pode ser ignorado. Até porque
a obra não é só lorota, dá para aprender com ela também. Mostramos
quatro pontos importantes sobre o longa aqui:
Fez-se o homem O
filme começa com Lucy. Não a personagem de Scarlett, mas a ancestral de
3,2 milhões de anos, descoberta na Etiópia, em 1972, pelo paleontólogo
Donald C. Johanson (que não é avô da atriz). Segundo o Instituto da
Origem Humana, da Universidade do Arizona (EUA), o nome do fóssil foi
dado em homenagem à música “Lucy in the Sky With Diamonds”, dos Beatles.
“Lucy nos deu um vislumbre sobre como nossos antepassados se pareciam,
ela é um elo entre o antigo e o moderno”, afirmou Johanson à revista
Time.
Era uma vez o Big Bang Conforme
o potencial do cérebro de Lucy aumenta, ela ganha o poder de controlar o
espaço-tempo. Com isso, faz viagens a lugares inusitados, como a Nova
York de século XIX e o universo no momento da criação. Para ter uma
ideia da andança da moça, basta lembrar do calendário cósmico, do
astrônomo Carl Sagan, que também apareceu na série Cosmos, da National
Geographic . No modelo proposto pelo especialista, no qual cada mês tem
cerca de 1,1 bilhão de anos, o Big Bang ocorreu à meia noite do dia 1 de
janeiro, o sistema solar foi criado em 9 de setembro e Lucy (a
ancestral) só surgiu por volta das 22h30 do dia 31 de dezembro. É
arriscado reduzir 13 bilhões de anos em apenas um, mas o esquema é uma
das formas mais didáticas para entender melhor a evolução do cosmos.
Girl Power O diretor francês Luc Besson tem algumas das mulheres mais badass do cinema em seu currículo. Nikita – Criada Para Matar (1990) e O Quinto Elemento (1997)
estão na sua filmografia. Lucy também é uma heroína. E o longa passa no
teste de Bechdel, que consiste em três perguntas básicas: 1) O filme
tem, pelo menos, duas mulheres com nome? 2) Elas conversam entre si? 3) A
conversa é sobre alguma coisa que não seja homem? O teste proposto pela
quadrinista Alison Bechdel, na série de tirinhasDykes to Watch out For,
não tem nada de científico, mas faz o público pensar sobre o papel das
mulheres nos filmes. No site Bechdeltest.com, é possível ver a
quantidade de obras famosas que foram reprovadas.
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