terça-feira, 5 de maio de 2015

4 coisas que aprendemos com "Lucy"



        
 
 
Morgan Freeman está errado. Não é todo dia que se lê uma frase dessas, mas a afirmação é correta quando falamos do filme "Lucy", que estreia hoje nos cinemas brasileiros. No longa, é o personagem do ator quem afirma que os seres humanos usam apenas 10% do potencial do cérebro. A trama se desenvolve quando a personagem de Scarlett Johansson é obrigada a carregar uma nova droga no estômago e, ao apanhar no cativeiro, absorve toda a substância, fazendo com que ela acesse 100% da capacidade cerebral. Mas essa história de que não aproveitamos todo o potencial do cérebro é mito. Falamos sobre isso na edição de setembro da revista (nº 278) e aqui no site.
Mas um filme com Scarlett Johansson jamais pode ser ignorado. Até porque a obra não é só lorota, dá para aprender com ela também. Mostramos quatro pontos importantes sobre o longa aqui:
Fez-se o homem O filme começa com Lucy. Não a personagem de Scarlett, mas a ancestral de 3,2 milhões de anos, descoberta na Etiópia, em 1972, pelo paleontólogo Donald C. Johanson (que não é avô da atriz). Segundo o Instituto da Origem Humana, da Universidade do Arizona (EUA), o nome do fóssil foi dado em homenagem à música “Lucy in the Sky With Diamonds”, dos Beatles. “Lucy nos deu um vislumbre sobre como nossos antepassados se pareciam, ela é um elo entre o antigo e o moderno”, afirmou Johanson à revista Time.
Era uma vez o Big Bang Conforme o potencial do cérebro de Lucy aumenta, ela ganha o poder de controlar o espaço-tempo. Com isso, faz viagens a lugares inusitados, como a Nova York de século XIX e o universo no momento da criação. Para ter uma ideia da andança da moça, basta lembrar do calendário cósmico, do astrônomo Carl Sagan, que também apareceu na série Cosmos, da National Geographic . No modelo proposto pelo especialista, no qual cada mês tem cerca de 1,1 bilhão de anos, o Big Bang ocorreu à meia noite do dia 1 de janeiro, o sistema solar foi criado em 9 de setembro e Lucy (a ancestral) só surgiu por volta das 22h30 do dia 31 de dezembro. É arriscado reduzir 13 bilhões de anos em apenas um, mas o esquema é uma das formas mais didáticas para entender melhor a evolução do cosmos.
Girl Power O diretor francês Luc Besson tem algumas das mulheres mais badass do cinema em seu currículo. Nikita – Criada Para Matar (1990) e O Quinto Elemento (1997) estão na sua filmografia. Lucy também é uma heroína. E o longa passa no teste de Bechdel, que consiste em três perguntas básicas: 1) O filme tem, pelo menos, duas mulheres com nome? 2) Elas conversam entre si? 3) A conversa é sobre alguma coisa que não seja homem? O teste proposto pela quadrinista Alison Bechdel, na série de tirinhasDykes to Watch out For, não tem nada de científico, mas faz o público pensar sobre o papel das mulheres nos filmes. No site Bechdeltest.com, é possível ver a quantidade de obras famosas que foram reprovadas. 

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